terça-feira, 28 de agosto de 2012

O senhor veloz, o tempo.




Dia frio, tempo nublado o chão ainda molhado pela chuva da noite marca nossos passos no chão.
Tempo corrido andando em silêncio o tempo suspenso.
O frio gélido congela meu rosto e a cabeça só pensa em se aquecer.
Ando na rua e ouço pegadas atrás viro-me outro transeunte e logo outro e outros e já somos muitos.
Andamos nos batemos de tempos em tempos e continuamos cada qual em seu destino cada qual em seu tempo.
Às vezes enquanto ando não penso em nada apenas ouço a natureza e tudo a minha volta.
O mundo emite sons esparsos loucos, lindos como o som dos pássaros.
Na rua hoje ás pessoas nada ouvem deste mundo estão presos ao celular falando alto sem parar.
Outros ouvem som enfim cada qual com seu aparelho ou brinquedinho do momento.
Interação não ás pessoas estão mais frias que o ar que toca nossa pele.
A distância entre nós aumenta e o humano em nós se atormenta pois sabe da necessidade da união para ser estável em nos esta magnifica obra prima de Deus.
Pois criamos, inventamos e buscamos dinheiro e ele não é ruim apenas deixamos que ele nos domine e nada que ele compre têm um futuro longo.
Pois imediatamente quando compramos já é obsoleto o que temos nas mãos.
Hoje vivemos de casos esparsos, casamos e nos divorciamos em velocidade record.
Temos casos que duram o minuto de uma transa em corredores, carros, elevadores, estacionamentos, danceterias e depois outra e outra e no fim nada nos satisfaz.
Continuamos nesta loucura de vida entre roda e gasolina, televisão eletrônicos massificação insatisfação.
Estamos sem rumo buscando prazer.
E loucos tentamos viver em trinta o que não dá pra viver em sessenta segundos, minutos, horas, dias, meses, anos.
Satisfação o que é que te satisfaz sempre?
O que o torna mais humano sempre?
Suas fezes já lhe dão mais prazer que comer?
A transa a pegada segundeira lhe dá mais prazer que a conquista dia á dia palmo a palmo?
A transa hoje é como uma masturbação coletiva.
Batidas musicais matam mais que as drogas.
Geração segundeira onde a vida é apenas agora.
E se o agora não me dá prazer eu compro.
 E se comprando não tenho prazer eu roubo.
E se roubando não tenho prazer eu me drogo.
E se drogado eu não consigo prazer eu me mato e encontro o que mais temo a morte.
A única coisa definitiva e realmente temida pelo homem a sua morte.
Pois egoisticamente somente têm importância a sua.
Chora e lamenta os outros e suas perdas e morre de medo encolhido da sua hora.
Por isso louco corre contra a vida desafiando a morte pois sabe que em nada a abala pois nela nada pode mudar.
Desde o nascimento pode ser a qualquer hora em qualquer lugar. Desafia, dá motivos mas ela só vem em seu momento.
 E o tolo homem embriagado por sua loucura corre contra o tempo para fazer mais, viver mais e perde a vida a correr e correr e enquanto corre não vê que mais rápido corre para a morte de qualquer jeito.



2 comentários:

Bárbara disse...

Olá Neusa querida muito sábias essas palavras.
Me faz lembrar de meu pai que sempre dizia assim:
No meu tempo...
Então chego a conclusão que em tempos a palavra valia mais que todo o ouro do mundo que o orgulho era saudavel k a moral era válida e que a honrra era soberana.
hoje em dia eu me deparo com a falta de valores e isso faz de nós pouco mais que animais irracionais.
Pois é onde a gente mais se vale é da nossa racionalidade.
Pobre ou podre mentira...
Hoje em dia vivemos em mundo podre o o justo é passado por otário.
Onde valores como amizade nada dizem quanto mais uma relação. hám
Coisa nobre hoje em dia ter e manter uma amizade honesta como encontrar uma agulha em um palheiro ou ser o mais rico de todos os reis e nobres.
Beijos querida Neusa.

Neusa Matos disse...

Querida Barbara concordo contigo ser bom hoje é ser bobo, ser justo é ser fraco, ser honesto é ser chato, ser razoável é ser fraco, ser ponderante e ser indeciso, ser feliz é ser louco, ser triste é ser maravilhoso.
Vê-se a mudança de valores que desde a renascença os pintores copiavam a natureza, reproduziam imagens já existente e que lhes acolhiam sua alma se feliz ninfas correndo pelo campo verde, anjos sobrevoando o mundo o amor buscando liberdade em forma de cores. E acima de tudo respeitando os valores mais infimimo em cada homem a criação como ela é.
Mais tarde vieram ás grandes mudanças em que quadros eram pintados e nada neles era e é ainda entendido ou por outra para entender você precisava ser pelo mesmo fogo devorado e assim descrever o quadro pelo o que trazia o seu coração.
O homem quer ser o criador não lhe basta ser de longe o melhor das criaturas, bela em riqueza de sentimentos onde não lhe foi furtado nada até os piores sentimentos. Para que pudesse em si deixar crescer o que mais pareecia-se consigo. Infeliz por não ser quem fez e não a pintura borra suas telas com o imprecionismo de suas falhas e complexibilidade e chama de obra o invisivel diante dos olhos.
E assim perde o foco e as cores e as nuanses são pingos desformes como a si mesmo se vê. Gosto de pintar quadros quando posso gosto de rostos e da naturesa e suas cores não gosto de inventar e talvez os escritores sejam mais felizes que os pintores pois descrevem a alma das pessoas com palavras e assim é mais fácil de para pobres mortais ver e entender o que dizem. Gosto de fotos também reias e intocáveis imutáveis. Creio ser retrograda e velha me senti um livros amarfanhado na prateleira cheia de novos e cheirosos livros novos. O perfume do pápel novo, do tecido novo, das tintas nova da tela em branco maravilhoso beijos linda Barbara que teu dia seja abençoado por Deus e que ele perdoe nossa arrogância de pensarmos sermos melhores que ele em tudo e tentarmos provar isto e nos auto definirmos como autores de tudo beijos.