já faz tempo

Já faz tempo. Nem me lembro mais quem sou, apenas sei que estou aqui. E tudo parece já vivido demais. Perdido em caminhos já tantas vezes trilhados. Que fico meio no meio de tudo, alheio á tudo. Nada é facil, Tudo tem seu preço. Tudo tem seu jeito. Obrigatoriedades, solicitações, Perdidos, partidos ao meio. Em algum lugar entre o gelo e a agua. Tudo é igual apenas o estado dela é que muda. Estou muda, não quero falar, nem pensar. Apenas deixo seguir os dias, E eles seguem como a água de um rio, indo em frente. Tempo, ele vai, o hoje já é ontem e hoje já é quase amanhã. E provavelmente e inexorávelmente este ser demente se arrependerá. Assim somos perdidos de nós mesmos. Perdidos em nós mesmos. A solidão é um grito em meio a multidão. Mas quem grita já foi e eu não quero gritar. Quero seguir, quero parar. Nossa vida não é boa e nem podemos reclamar. Mesmo cheio de injustiças, desajustados vamos seguindo. E sendo seguidos, alguns perceguidos dias infindos, Perdidos no ontem, há o ontem tão certo que dá saudade. O hoje tão perto tão louco e desesperado. E o amanhã incerto. Quando tudo parece perdido, sem luz, sem caminho. Hoje a tristeza não é passageira. Ela é pra vida inteira. Parece que um pedra acentou-se em meu peito. Meus olhos meio fechados inchados de tanto chorar. Nem sei porque me sinto assim. Derrepente me perdi de mim. Não ligue, não leia, apenas deixe-me escrever. O poço é tão fundo e não quero sair do escuro. Não quero mais ser quem eu sou. Mas nunca repita isto pois é só desabafo. No tempo em que tenho livre, o tempo escravisa o meu pensamento e ele torpe se encerra, se fecha, sindo o peito doer. Estranho cançasso de mim mesma. Sufocada com meus problemas meus lemas, meus dilemas. Onde estou? Alguém podia me contar uma história pra eu dormir? Não acho que não. Ninguém vê ou ouve ou le. Ninguém.